Tiago Frois
Ines Pucarinho
Helena Mire Dores
Susana Soares Pinto
Ana Almeida Pinto
Prec(ç)ário
www.anaalmeidapinto.comComo materializar objetos e propostas artísticas na era dos suportes digitais? Como encontrar formatos disruptivos para discursos em ambientes virtuais? Como converter o observador em comissário, exaltando a sua participação na criação e interpretação? Como investigar a apropriação nos processos escultóricos contemporâneos de forma activa e consciente, cedendo ao processo do fazer toda a significação e partindo de um pressuposto de partilha e diálogo entre autor, objecto e público? Onde se esbate a linha de apropriação, na forma, na linguagem, no espaço? Quem é realmente o autor se a interpretação é múltipla? Como incorporar a noção de território neste contexto de confinamento? Será o nosso território pessoal um símbolo global? Poderá o processo de fazer constituir um espelho desse território? Quais as suas margens? E de que forma podemos ainda acrescentar uma crítica social que espelhe o passado, presente e futuro que vivemos? Prec(ç)ário é uma escultura que acontece no campo expandido entre o mundo digital e o ambiente doméstico de todos os que participam, apropriando espaços e objectos domésticos para interpretar a relação desigual entre o cidadão e o sistema financeiro. Cada interpretação terá a sua leitura e a sua narrativa, e todas as partes compões o todo, sempre em crescimento e sempre em evolução.
How to materialize objects and artistic proposals in the era of digital media? How to find disruptive formats for speeches in virtual environments? How to convert the observer into a commissioner, extolling his participation into creation and interpretation? How to investigate appropriation in contemporary sculptural processes in an active and conscious way, yielding all meaning to the process of making and starting from an assumption of sharing and dialogue between author, object and audience? Where does the appropriation line fade, in form, in language, in space? Who is really the author if the interpretation is multiple? How to incorporate the notion of territory in this context of confinement? Is our personal territory a global symbol? Can the process of making be a mirror of that territory? What are its margins? And how can we add a social critique that reflects the past, present and future we live in? Prec(ç)ário is a sculpture that takes place in the expanded field between the digital world and the home environment of all who participate, appropriating spaces and domestic objects to interpret the unequal relationship between the citizen and the financial system. Each interpretation will have its reading and its narrative, as all parts make up the whole, always growing and always evolving.