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Princípio de civilização e civilidade. 2019. Óleo sobre projeto de arquitetura. 90 x 140 cm
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Amabilidades e cedências. 2018. Óleo sobre tela. 100x160cm
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Amabilidades e cedências. 2018. Óleo sobre tela. 100x160cm
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Fotografia I, II e III coletadas nos destroços de uma fábrica no Vale do Ave. Coleção privada do artista
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Conjunto de moldes encontrados numa fábrica. Coleção do artista
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Objeto de contagem de tempo de tear com sobreposição de imagem e projeto I e II. Coleção do artista
IMAGEM AUSENTE O imaginário algodoeiro nos arquivos, narrações e vestígios do Vale do Ave
www.dludgero.wixsite.com/ludgeroalmeidaNeste projeto, a prática artística atua criticamente na análise de arquivos institucionais e privados, de narrações e de documentos-vestígios relacionados à indústria têxtil algodoeira e ao percurso do algodão nas margens (des)industrializadas do Vale do Ave, num período compreendido entre os anos 1960 e a atualidade.
Adentra-se arquivos que concentram, organizam, preservam e iluminam objetos e imagens particulares de uma realidade hegemónica, que exercem um poder na fabricação da verdade. Ao definir uma imagem da ausência que problematize as noções de tempo, esquecimento, obsolescência e que convoque limites e intimidades que presidem a construção da ficção e da realidade, pretende-se enfrentar a história e a construção identitária dos lugares e das pessoas e suscitar um questionamento acerca do princípio veritativo dos arquivos, dos poderes e roubos.
As imagens que apresento nesta exposição revelam as primeiras experiências pictóricas que estiveram na génese do meu interesse pela temática (neste caso incidindo mais propriamente em imagens do período colonial e ditatorial) e uma curta seleção de vestígios obsoletos e descartados nas fábricas que tenho vindo a recolher e que potencializarão, no seguimento do projeto, relações com as memórias dos trabalhadores e ex-trabalhadores, servindo igualmente como elementos sugestivos para a criação de pinturas e instalações.